Um reencontro de almas...
Eu estou muito grata. Tenho tido dias desafiosos, mas
lindos, cheios de amor e com muitas lições. Também tive muitos presentes essa
semana. E, portanto, quero agradecer.
Quero começar agradecendo minha mãe. Ela tem sofrido muito
com a minha separação. Mas tem mais a ver com ela do que comigo, rs! E, nessa
semana, pela primeira vez desde então, eu me senti muito cuidada e acolhida por
ela. Disse que precisava sair para dançar. A energia estava meio bloqueada e
dançar é algo que a movimenta e faz circular. E minha mãe disse que cuidaria do meu filho
para mim. Sem julgamentos. Sem muitas perguntas. E sei que isso é difícil para
ela. Pois é de outra geração. E foi uma super experiência para gente, né mãe?
Gurute deu um pouco de trabalho, mas aos poucos, ele vai aprendendo a confiar e
ficar com vocês. Estamos cada vez mais aprendendo a ser mãe e filha. Cada uma
no seu lugar. Exercendo o seu papel. Estou muito grata com isso. Muito mesmo.
Ainda processando esse novo cuidado.
E eu quero muito falar da Ju. Ju Hott. A galega. Branquela. Falei
um pouco dela na carta da minha infância. Desde que me separei temos nos
desentendido. Quando paro para pensar, tanto eu quanto a Ju estávamos e, em
certa medida, ainda estamos passando por momentos desafiosos. Eu com a separação, ela
com questões de saúde, mudanças de estado, mestrado, trabalho, enfim. E a real
é que a gente não conseguiu apoiar muito bem uma a outra. E tudo bem. Nessas
horas é preciso ter sabedoria e entender que tempo é o melhor remédio. E no
nosso caso tem sido. Crescemos juntas. Partilhamos sempre muitas coisas. Mas
sempre fomos e somos muito diferentes. E tudo bem. Diversidade é uma coisa
linda e ainda bem que existe. O mundo seria muito sem graça se fôssemos muito
iguais.
Hoje, véspera dela ir embora, consegui ir até ela com o Gurute,
pra nos vermos. Dar aquele abraço. Sentir uma a energia da outra. E por isso essa carta. Eu tive
vontade de chorar. Voltei pra casa derramando algumas lágrimas. Eu senti sua
falta Ju. Sei que você também sentiu a minha. Mas essa é a vida. E tudo bem.
Você em SP, no Sul, no mundo. Eu aqui, no meu universo colorido cheio de mil
afazeres e com um filho lindo, seu afilhado. Então, eu quero te dizer que
continuo a te amar. Nunca deixei. Mas
sei que naquela época você não podia me apoiar mais de perto. Tava cheia dos
seus perrengues para resolver. E vice-versa. E tudo bem. Nossa conexão é
eterna. Nossa irmandade. Madrinhagem. Primaiagem. E o que mais a gente quiser.
É sangue. É família. É ancestralidade. E aí eu posto essa canção cuja vocalista
principal é a Alana, uma amiga que conheci na meditação , na prática dos 21
dias da pachamama. Eu achei ela linda. Eu amo a voz dela e os mantras que ela
entoa. É mágico. E essa canção tem tudo a ver com nosso momento. Como o nosso
abraço de hoje. Vou escrever um trecho aqui:
“Vem, vem cá, chega perto, me abraça, pode sentir meu
coração no teu.
Vem, vem pertinho,
que logo o caminho nos espalhará, cumprindo nossas missões.
Vem já é hora, não te apavora, já estivemos aqui, num outro
agora.
Vem, vem sem medo, só há um segredo pra servir, te entrega
(...)
Mesmo que estejas do outro lado do mundo
Do outro lado do mundo
Do outro lado do mundo
Pois estamos do mesmo lado dos sonhos
Do mesmo lado, lutando
Do mesmo lado, amando
(...)
É um encontro de almas
É um encontro de almas
É um reencontro de almas”
Então é
isso! Bom retorno pro Sul Galega. Te amo! ero conseguir ir te visitar esse ano.
Estamos sempre conectadas. Nessa vida. Em todas as outras. Jujuba fofa. A minha branquela.
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