São as águas que correm...

Caminhando pelo condominio, ao fim de um dia profundo e muito cheio de amor, onde tive a graça de estar com duas grandes amigas e irmãs, pude deixar a emoção fluir e permitir a fragilidade vir... me abrir pra novos processos. Saiu essa escrita. Uma carta preu me lembrar do eterno movimento das águas em mim, em nós!
Algumas fotos do dia.  A trilha sonora é um mantra cantado pela Deva Premal, na linguagem Yorubá (África Ocidental) que fala sobre o amor e Oxum, a deusa das águas profundas...

São as águas que correm
E levam o que não deve ficar
São as águas que correm
Vão de encontro ao mar
Abaixo da superfície
Pedras, folhas, ciscos
Acima dela a luz do luar
Que reflete em seu limiar
E que esconde em sua profundidade o que muitas vezes não se quer olhar
Mas as águas estão a se movimentar
E em algum momento hão de mexer
No que escondido for
E mostrar o quão impermanente os lugares são
Pois estamos sempre a nos movimentar
Mas permante é o estar consigo
E não importa onde as águas hão de me levar
Porque é preciso esse movimentar
O movimento caótico do existir
Que faz a vida fluir
E que venham as águas, venham me movimentar
Venham fazer minha energia circular
Levem o prana onde exita a ferida
Latente, quente, ardente por cicatrizar...
São as águas que correm e fazem curar.