Quando a desordem chega...
Eu estou numa semana mega reflexiva. É tanta
coisa ao mesmo tempo acontecendo. A tal da intensidade. Já aceitei, faz parte.
E sim, a desordem chegou. Finalmente. Ela literalmente apareceu na minha frente, não é Lúcia? Kkkkkkkkkkk
Domingo teve o primeiro encontro presencial do Projeto Cartas para Mim. Pra quem não sabe, estamos reunindo mulheres para escrevem cartas para si próprias. Reconhecendo suas trajetórias, seus momentos, sua força. A fênix que habita cada uma de nós. Pois bem! Dá um super texto esse encontro, mas não é dele que vou falar. Até porque o que aconteceu lá fica lá, entre nós. É nosso! Mas vou falar do que ele provocou em mim. E, portanto, a palavra de hoje é a desordem.
Quando jogo no google (nessas horas agradeço a tecnologia) a primeira coisa que aparece para significar desordem é:
"Desordem
substantivo feminino
1.ausência de arrumação, de organização
(falando de objetos, de coisas).
2.falta de lógica; incoerência, desvario."
A primeira coisa que enxergo é: "FEMININO. Substantivo feminino". Kkkkkkkk. Beleza. Segura.
E aí é o ponto dois que mais me interessa. Falta de lógica. Incoerência. Desvario. Pára tudo! Porque temos que ver a desordem assim? Só me vem a sensação de que não podemos nos desordenar. Se não, eu perco a lógica, a coerência e fico variante. Gente, isso é ótimo! Eu redefiniria a desordem assim:
"Quando
ela chega é porque há algo que precisa ser modificado. Há algo que precisa se
desencaixar para que o novo possa fluir. A estrutura precisa se abalar, porque
o movimento faz parte do existir. É preciso desordem pra vida fluir".
Parênteses. Essa ideia de ressignificar a palavra eu copiei do Akapoeta. Olha o insta dele aí (https://www.instagram.com/
Volta. Então, eu quero dizer que a desordem é
bem vinda. Eu a reconheço em vários momentos na minha vida. Inclusive no atual,
onde joguei tudo (ou quase tudo) pro alto e tenho buscado me re-construir.
Mas, todavia, contudo, porém, como típica
otimista e amante do amor que sou, eu gosto de ver a beleza em todas as coisas. E botar uma pitada de humor. Eu gosto de colorir tudo ao meu redor. Seja a dor, a perda, o sofrimento e a
desordem.
O que quero falar? Que eu tenho aprendido que
somos seres paradoxais por natureza. Masculino e feminino. Preto e branco.
Grande e pequeno. Forte e fraco. Bom e mau. Feio e bonito. E a lista é infinda.
E que escolhemos o tempo inteiro onde queremos permanecer. Transitamos por
todos esses lugares e existe um extrato entre eles. Nada é uma coisa só. Não é
só sim e/ou não. Cabe um talvez. Cabe um mais ou menos. Um menos mais. Faz
sentido isso pra você?
Na Core a gente fala do nosso eu inferior e superior. Nem vou adentrar muito aqui. Até porque tenho que estudar muitooooo primeiro. Mas é isso. Eu reconheço meu eu inferior. O pior de mim. Que é a força que me faz querer ser melhor. Me superar a cada dia. Ele é meu combustível. Aprendi isso com o Jeconias. E eu tô falando de mim comigo mesma. O outro nessa história é outra história.
Então, tentando puxar o fio da meada e retomar
a ideia da desordem, o que eu quero dizer é que ela faz parte da gente. Ela é
importante, fundamental pro nosso eterno movimento existencial. Portanto, é
importante reconhecer sua beleza. Ser grata por sua presença na nossa vida. Mas
ela é uma das mil coisas que nos sustenta. Só desordem não dá. Também é preciso
um pouco de ordem. E cada pessoa tem a sua. A minha é a força de amar. De
acreditar que tudo na vida tem um porquê pro nosso crescimento espiritual. Que
sim, podemos ser felizes. Mesmo na dor, na solidão e na tristeza. Porque elas
fazem parte da gente, também. Que toda pessoa que chega até a gente tem algo a
nos ensinar e nós a ela. Seja bom ou ruim. Triste ou alegre. Se vivo isso é
porque preciso. E, no final das contas, sou eu que dou o desfecho da minha
história. Porque ela é minha. E só eu posso me responsabilizar por ela.
Meu convite para hoje é: “Vamos celebrar a
desordem?”. Eu sou grata pela desordem que tem habitado a minha vida na
atualidade. Como está sendo importante sair da caixinha. Da minha caixinha. Me
enfrentar. Me amar. Me odiar. Me temer. Me idolatrar. Me culpar. Me aceitar.
Morrer. Renascer. A cada dia. A cada oportunidade. Escolher ser feliz. Escolher
sentir a dor. Escolher deixar a vida simplesmente fluir. Vem desordem. Vem
ficar o tempo que você precisa preu me reconectar.
Gratidão Lúcia por me permitir sentir e
escrever esse texto. Você SEMPRE traz muito fermento para a minha vida. E eu te
amo assim, desse jeitinho maluco que você é. Desse jeitinho de quem gente para
incomodar. Desse jeitinho descuidado, por vezes, de bater que você tem. Desse
jeitinho lindo e cheio de amor que você emana. Sim. Eu amo você! Não deixe o
ódio alheio te dominar. As pessoas tem medo. Eu as entendo. É cada um consigo.
E a gente com a gente. Tamo juntas. Quero você sempre por perto se você quiser,
é claro!
Se liga na trilha sonora de hoje. O mantra que
eu ouvi e me fez conectar com essa escrita foi He Ma Durga. Na busca pela net,
olha o que encontrei:
He Ma Durga (Donna de Lory S2)
ay jai ma Jay ma durga (2x)
He ma
durga
Jay jai
ma (2 x)
He ma
durga
I want
to love through your love
He ma
durga
I want
to feel what you feel
He ma
durga
I want
to see beyond this illusion to what is real.
Om jayanti mangala
kali Bhadra kali kapalini
Durga kshama shiva dhatri
Swaha swadha namastute
All-conquering
mother, remover of darkness beyond time,
reliever
of difficulties, loving, forgiving, supporter of the universe
I offer
my respect and devotion
“He Ma!” significa “Oh
Ma!” Nós gritamos maravilhados quando experimentamos alguma coisa real. Uma
sensação nos inunda e nós percebemos que tudo o que secretamente esperávamos,
era verdade. Não ousávamos acreditar porque não queríamos ser feridos e
desapontados novamente. Mas ela está bem aqui, nós a sentimos e a amamos e
queremos estar sempre dentro dela e ela está em nossos corações, e tudo que
temos de fazer é nos abrir, soltar e permitir-nos e saber o que é… (by http://portaldesananda.com.br/?page_id=667)
Comentários
Postar um comentário