Quem dança seus males espanta e encanta...

Dança. Ah, a dança! Dançar, bailar, rodopiar...
Desde pequena eu curto dançar. Lembro de ser a morena do É o Tchan! Adorava lambada.
Axé, pagode, samba, reggae, rock, funk, soul, afrobeat, salsa, tango, dança do ventre... o importante é deixar o corpo se movimentar, no ritmo que ele quizer. Deixar o som rolar, a melodia ruir e sentir no corpo, na alma, a energia fluir.

Me lembro que ainda criança eu gostava de dançar “doido”. Ligava o som da sala e começar a dançar, no ritmo que o corpo sentisse. Aos 13-14 anos, botava o Artur e a Helô pra brincar. Quando ficava cuidando deles, era o que rolava. Bora dançar doido, e os dois riam, mas se divertiam à beça. Helô mais, Artur menos. Hoje Helô dança lindamente por aí. Boto fé que o dançar doido ajudou, hehehehe.
Amava as festas de formatura e casamento. Porque eu curto dançar todo ritmo. Depende muito mais da gente. É claro que o ambiente conta. A vibe do lugar. A energia contida. Mas a gente emana também. Então, eu gosto mesmo é de me jogar na pista. Dançar, e dançar, e dançar. Bebendo só água para hidratar.

No ensino fundamental, dancei muito nas atividades da escola. Fui a noiva da quadrilha. Dancei a dança da copa. Fui rainha da cartilha. Dancei no aniversário de Planaltina, a música interpretada por Elis Regina, onde levantávamos a maquete da Pedra Fundamental (marco do Planalto Central) na parte “e um castelo ergui...”. Pode ser mico, mas fez e faz todo sentido para mim.





No ensino médio, fui fazer dança do ventre. Na feira cultural da escola ganhei uma bolsa da professora Aricelma. Cara, que farra! Dancei com mulheres de todas as faixas etárias. Minha mãe e eu bordamos a minha roupa para a apresentação no Teatro de Sobradinho. Minha avó (sempre ela), foi me prestigiar. Tenho roupa e apetrechos até hoje. Vira e mexe danço sozinha, para mim, me seduzindo, me curtindo. Cada dobra, cada movimento sinuoso. Exalto o céu, a terra, jogo o véu, brinco com os castiçais. A dança do ventre é poderosa. Um ótimo canal pro empoderamento feminino. Com ela me conectei bastante com outras mulheres e comigo mesma.




Ainda na adolescência, era de grupo jovem. O JAM (Juventude de Ação Mariana, teremos uma carta sobre). Sim, a gente dançava muito, hehehe. Lembra Andréia, Adelice, Arcelino, Fernanda e cia?


Também no ensino médio dancei Orinoco Flow da Enya, na peça das Vanguardas Européias, que contei no post anterior. Fiz aula de dança na viagem pra Porto Seguro... sempre bailando, hehehe.



Na fase adulta, dancei, mas menos do que gostaria. Meu ex-marido não curtia dançar. Me privei. Bullshit. Mas enfim, aprendizado.

Na gravidez eu dancei muito e dois momentos me marcaram. Um foi num grupo de meninas em Sobradinho, lembra Joelma? No casamento da Cecis fui até o chão. Meu ex-marido ficou com medo da bolsa estourar. Mas estourou não. Gurute desde o ventre foi do gingado, hehehe.

Nos últimos meses, depois que me separei, voltou a ser um hábito dançar. Toda semana saio para dançar. Quando estou com Gurute, danço em casa mesmo. Com ele. Sem ele. Na cama elástica. Cozinhando. Lavando. Faxinando. Banhando. Tem música e dança para tudo. Cada momento uma trilha sonora. Um movimento. Uma recordação.



Nos últimos tempos, me marcou dançar o conto dos Sapatinhos Vermelhos, do Livro Mulheres que Correm com Lobos. Conduzido pela talentosíssima Thais Kuri. Vira e mexe me sinto conduzida pelos eufóricos e empolgantes sapatinhos. Mas logo tomo as rédeas da dança e sigo eu, conduzindo meus passos. Tá na minha cama a fita vermelha, Thais. O livro na cabeceira. Ainda não terminei de ler. Forte pacas. Tá aí, recomendo essa leitura.

E pra finalizar, não posso deixar de falar da CORE ENERGETICS. Primeiro dia, logo ao chegar, a sala cheia, som alto e o povo a dançar. Na hora, vibrei e curti. Fechei os olhos e me entreguei. Ao final do dia, na roda da partilha, não resisti e falei: “eu danço doido desde a infância. Minha família me achava maluca. Mas não, tem embasamento científico. Tô feliz, achei o meu bando”. 

E assim sigo, dançando, bailando por aí. Curtindo os encontros que a dança me proporciona. Os embalos solitários e conjuntos. Saio sem óculos e sem lente. Não curto cruzar olhar. Me fecho em mim e me jogo pra dançar. E quando a gente está entregue, feliz com a nossa própria sorte, a gente emana uma vibração contagiante e o nosso campo atrai quem tá na mesma vibe. Às vezes vem uns sem noção, mas a gente faz carão e dá um chega pra lá. Porque, na vida, se não for divertido, não é sustentável, não é Mari Behr? Simbora bailar. Sexta tem pequila e um monte de evento massa, é só chegar....

A dança é terapêutica. Faz aterrar. Ajudar a equilibrar chacras, anéis, o nome que você quiser dar. Então mulherada, bora dançar!

E a trilha sonora do post de hoje? Difícil escolher uma só. Mas vou contar uma breve história. No festival Criolina desse ano conheci Muntchako. Dancei a noite toda, lá de frente pro palco. Como adoro fazer. Desde então, curto o som. Difícil ficar parada. Virou toque do meu celular. Vitamina Central pra faxinar. Apresentei Cardume de Volume pra turma da CORE. E eu curto muito dançar Emojubá. Vários estilos ao mesmo tempo, na mesma canção. Então, com vocês, Emojubá.... Mojubá é saudação à Exu... o "E" na frente não sei o que significa. De qualquer forma, é bom pra dançar, hehehe.


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