Falando de mim, com poesia e música, enfim...


Fiquei na dúvida sobre o que escrever.
Contei sobre meus ancestrais, falecidos.
Falar de quem está vivo é mais difícil, mexe muito com as outras pessoas.
Então, por hora, vou falar de mim. De como me recordo de mim mesma. Na infância, na adolescência. Vamos passar pelas fases etárias da vida. Ir reconstruindo cada partezinha de mim.

Eu sempre fui assim. Sorriso no rosto. Corpo magro. Pequena. Olho grande, vivo.

O cabelo ondulado. Ora mais liso, ora mais encaracolado. As vezes enorme, por vezes curtinho. Com franja ou sem.

Cores. Cores sempre me caíram bem. Brincos também. Grandes, pequenos. Coloridos, prateados, dourados. Pra cada ocasião um par.



Sempre adorei me maquiar. Quando criança comia. Na adolescência parei. Era roupa mais folgada. Sem decotes. Veio vergonha do corpo magro. Das poucas curvas. Do peito pequeno. Ficava indignada. A mãe tem uns peitões, a vó e a tia também. E eu, aqui. Enfim.

Mas sempre teve a cinturinha
Saia rodada. Pilão. Vestido alto. Plexo solar travado, abdômen sarado.

Unhas. Sempre achei lindas. São finas e cumpridas. Adoram vermelho. Coloridos. Curtas. Sempre curtas.

E o pé gordo. Destaca no corpo magro. Adoram sapatos. De todo jeito, de toda cor. Me aterram, me conectam. Ja estiveram mais soltos. Mais bambos. Hoje, parecem firmes. Bem encaixados ao chão. Ja adoraram saltos. Hoje, rasteira e sapatilha. Salto pequeno. Sempre mais perto do chão.



Já curti roupa colada. Hoje, gosto mais de folgada. Estou muito magra. Menos de 50kg. Casei com 46. Na gravidez fui a 60. Hoje, retornei aos 40. E poucos. Muito poucos.

Mas como feito Magali. Apetite sempre existiu em mim. De comida. De música. De conhecimento. De histórias. De vivências. De aventuras. Enfim... movimento e vida andam juntos pra mim. 


Mau humor? Me deixa com fome pra ver. Quem convive sabe o furor. Sem comida jamais, por favor!

Dançar. Ahhhhh dançar. Sempre. Quando criança era dançar doido. Soltar o som e deixar o corpo fluir no ritmo que sentir. Movimentos entregues ao ritmo. Helo e Artur ja brincaram muito assim. Na Core encontrei o povo que curte dançar desse jeitim. Presente, enfim.




Correr. Correria sempre fez parte de mim. Desde o 12 andando sozinha por ai. Nos busão e lotação. Corre pra ca. Volta ali. Já andei o DF inteiro. Hoje com carro, mais fácil.

Mas ônibus tem sua beleza. A gente vê as paisagens, observa os detalhes do caminho. Em pé, no ônibus, vem o vento na cara. O sol da manhã. O observar das estrelas e da escuridão da noite pelas largas janelas. Pena que quebram tanto e lotam demais. A gente vive a solidariedade. Leva bolsa, mochila, menino. Cede o lugar. Dá o ombro pro povo dormir.

Cozinhar. Ahhhhh! Família de mulheres prendadas. Sempre observava a vó a cozinhar. A tia. A mãe. Fazia as saladas. Teve a fase dos bolos. Pra todos, inclusive pra mim. Cozinhar é mágico. Adoro magia. Cozinhar é afago. Adoro acalento. Cozinho e sento. Com música, com alento. Hoje com Massala da Jô e muita cor e amor. Cura. Sustenta.

E a imaginação.... ah! Essa é parceira antiga. Criativa, destemida. Brinca. Rodipia. Pinta, borda, escreve, dança. Canta e encanta. Mistura magia. Bruxaria. Feitiçaria. Adora astrologia. Fadas, duendes. Mundos além das vistas. Poesia. Poema. Oração. Mantra. Velas. Inceso. Fogo. Paixão. Energia vital criativa. Bem nutrida essa imaginação.

E tá bão. Até a próxima então... diga aê. Diga how! Falow...

A trilha Sonora é da Amelie... feche os olhos, deixe a música, deixa a música fluir...
 Se permita sentir.





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